Qual é o fundamento científico da Eubiosofia. Ela tem uma proposta de educação definida ou é apenas mais uma diferenciação da filosofia e estuda os conhecimentos que a humanidade acumulou, historicamente, ao longo das muitas gerações que já passaram pela Terra? A Eubiosofia investiga tudo o que as pessoas estudam, nas mais diversas áreas do conhecimento. Pergunta-se: até mesmo o Espiritismo? Sim! Tudo! De fato, a Eubiosofia tem um compromisso consciente com a divulgação da arte, da cultura, do conhecimento e das ciências. Portanto, sua proposta é a educação das gerações. Sabe-se que educar, qualquer pessoa educa. Todos nós ensinamos o mal e o bem com nossas atitudes e opiniões diárias. Por isso, passamos uma vida inteira tentando corrigir nossos erros do passado. Pessoas há, no entanto, que ultrapassam essa função espontânea de ensinar, inconscientemente, o bem e o mal, e incorporam a atitude intencional de propor a transformação do indivíduo pelo conhecimento. M.A.Dias, idealizador da Eubiosofia, propõe, como metodologia de formação moral, que a pessoa precisa transformar os condicionamentos automáticos em comportamentos intencionais e dirigidos para o bem pessoal e alheio, a fim de vislumbrar uma nova perspectiva da realidade e aperfeiçoar suas relações sociais na comunidade. Esta proposta é a base da Eubiosofia. Existem intelectuais e pensadores, como é o caso de Schopenhauer, que estudaram muito, aprenderam a aprender sozinhos, desenvolveram a autonomia cognitiva. O filósofo citado aponta a autonomia como sendo a habilidade mais importante que se pode adquirir durante o processo de escolarização acadêmica. Tais pensadores fizeram escola com o entendimento que tiraram da vida, dos estudos e das percepções pessoais. Assim procederam Paulo Freire, Lauro de Oliveira Lima, Chico Xavier, Luiz Goulart e outros pensadores e filósofos inovadores, cada um na sua área de atuação. A Eubiosofia é eclética e tem como metodologia de estudo a transversalidade e a comparação de temas similares. Quanto ao apelo cultural de que a cidade de São Lourenço-MG é Capital Espiritual do Brasil e o berço de uma nova civilização, a Eubiosofia vem somar, pois, tendo uma proposta educativa, entende o argumento como lógico, já que a educação tem sempre como meta criar uma nova civilização, sempre mais adiantada que a anterior. Ademais, Julga-se que o estudo da Eubiosofia propõe a autonomia como forma de se enxergar a vida com olhar próprio. Triste da pessoa que deixa de tirar suas próprias conclusões para apenas pensar com as conclusões dos outros! É de se lamentar! Cada qual precisa verbalizar suas conclusões, suas intuições, suas clarividências, e, com muita habilidade, configurar em si uma noosfera inteligente que ajude a criar uma nova civilização. Há materialistas e ateus que discordam da filosofia. Faz parte da democracia cultural. À Eubiosofia, enquanto ramo da pesquisa, não cabe concordar ou discordar. Quem não tem competência, não se estabelece, e a palavra competência é utilizada aqui no mais amplo sentido pedagógico proposto pelos documentos oficiais da Educação, aquele no qual as equipes pedagógicas das escolas têm como princípio orientador ajudar os educandos a desenvolver as competências e habilidades que os auxiliarão no desenvolvimento da autonomia necessária e indispensável para a contínua autocapacitação, conforme é o desejável na formação acadêmica e na vida profissional. A Eubiosofia entende que assim deva ser a educação. Não foi isso que Schopenhauer criticou nos acadêmicos condicionados a repetir as conclusões alheias? Cada um seja pesquisador autônomo e tenha conclusões próprias da vida e dos fenômenos visíveis e invisíveis. Além disso, segundo o sociólogo Émile Durkheim, quem se estabelece, e aqui dialoga-se sobre educação, cria um fato social na comunidade, e os fatos sociais são legítimos e inquestionáveis do ponto de vista da utilidade pública. Sem dúvida, a Eubiosofia é um fato social, existe, é estudada e é citada.
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