Texto do psicanalista e pedagogo Marco Aurélio Dias

Dr. Ivon Costa e a Lei de Retorno

Uma concepção importante é a da lei de causas e efeitos. Segundo o Dr. Ivon Costa, médico e conferencista do século XIX, todas as pessoas, sem exceção, vivem e existem no mecanismo da lei de causas e efeitos, também conhecida como lei de retorno. Toda ação produz um efeito semelhante no sentido inverso. Esta lei é implacável. Não isenta ninguém de pagar as dívidas morais contraídas com o próximo. As atitudes das pessoas retornam para elas com força redobrada. Nada pode impedir a atividade desta lei, nem mesmo o arrependimento de quem feriu seu semelhante. O mais abominável indivíduo pode se transformar moralmente, mudando seu comportamento egoísta no relacionamento com os ouros, porém não pode evitar o retorno de suas ações anteriores cheias de maldade. Por isso, é necessário parar de gerar pensamentos e sentimentos que ferem outrem. O retorno das ações praticadas é no mínimo proporcional à causa. Quando a ação afeta muitas pessoas, aí o retorno, seja para o bem ou para o mal, é multiplicado pelo tanto de influência que teve. Por exemplo, se João faz um bem a 10 crianças no Rio de Janeiro, as 10 vão gerar uma influência benéfica de retorno que alcançarão João, mesmo que ele tenha se mudado para o Canadá ou para o Japão. Além disso, as pessoas ligadas a essas 10 crianças vão igualmente gerar pensamentos e sentimentos de bondade direcionados para João, os quais, juntos, engrossarão o volume do retorno que a sua ação causou. Do mesmo modo, se João levar o mal a 5 idosos, o mal que fez foi um, mas os 5 idosos afetados, independentemente da vontade deles, vão ser a causa de um mal semelhante ao que ela causou. O retorno não vem das pessoas, mas da ação e reação dos atos que praticamos. Neste caso, o retorno da ação será no mínimo multiplicado por 5, sem contar que as pessoas ligadas aos 5 idosos, seja qual for a quantidade delas, vão igualmente repreender João e envolvê-lo com energias de contrariedade. Essas energias negativas vão se juntar ao volume de efeitos negativos que a má ação causou. Logo, o retorno será mais violento. A memória das ações que a pessoa comete fica arquivada no aparelho cognitivo. A data para a quitação dessa dívida será imediata e cobrada aos poucos, porque a memória do mal ou do bem está na própria pessoa. Todo mal gera dívida de dores. O bem gera crédito de felicidade e proteção. É uma matemática simples. O sofrimento da pessoa é proporcional ao seu grau de maldade. A felicidade é proporcional ao grau de bondade. Se a pessoa praticar um mal na China e fugir para o Brasil com a intenção de escapar da lei de retorno e evitar receber o retorno do mal que causou, não vai se livrar do efeito porque a Lei de Retorno opera em todo o universo e na consciência. Basta a memória da ação para atrair seus efeitos proporcionais. Leia mais aqui.









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