sábado, 7 de novembro de 2015

Por Onde Andei


Você é a mulher ideal para um homem?

Um conhecido, aproveitando-se da minha fama de filósofo, disse-me que vivia solitário e que desejava namorar uma mulher com certas qualidades, e nomeou-as, para que essa mulher especial o fizesse feliz. Pediu-me conselhos de como deveria conhecer e abordar essa mulher imaginária. Disse-lhe que sou apenas um filósofo e que a filosofia me ensinou que não podemos ter as mulheres. Não podemos ser donos delas. Podemos amá-las e admirá-las. Também não podemos ficar escolhendo as suas qualidades, como se as mulheres fossem um produto e tivessem marca. Elas não são nossas, são da natureza, assim como a lua é da natureza e não pode ser nossa. Cometemos 
este erro na educação: crescemos acreditando que somos donos de pessoas e coisas. Talvez esta seja a origem dos maiores conflitos psicológicos que arquivamos no inconsciente, bem como a origem de muitos conflitos sociais. O meu conhecido, ainda que inocentemente, queria uma mulher ao estilo de um passarinho que ele pudesse trazer preso na gaiola e que fosse só dele, sem liberdade para voar. Mas, felizmente, as pessoas só podem ser delas próprias. Um homem só pode ser feliz por ele próprio. Temos que estar fora da gaiola. Não podemos transferir para outra pessoa a nossa responsabilidade de ser feliz. Ninguém tem a missão específica de fazer outra pessoa feliz. Expliquei-lhe isto e sugeri que se deixasse escolher por uma mulher que viesse a amá-lo. É muito mais fácil ser escolhido do que escolher uma mulher. Meses depois, aproximou-se dele uma mulher por quem se apaixonou, ela idem, e vivem muito felizes. O detalhe é que essa mulher é completamente diferente das qualidades que ele imaginava na sua musa ideal. Então, fica aqui um conselho aos homens: em vez de saírem por aí escolhendo uma mulher, esperem aparecer uma que os escolham.








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