quarta-feira, 7 de julho de 2021

Por Onde Andei


Espiritismo, Reencarnação e Evolução

Qual a mensagem maior que os espíritos deram sobre a Lei de Reencarnação? Sabeis que Chico Xavier psicografou muitos textos inspirados por espíritos desencarnados. Em todos esses textos aprendeis que a reencarnação do espírito é uma realidade que está incorporada na vida cotidiana de todas as pessoas. Vive-se muitas vidas. A vossa presente encarnação é o somatório de muitas vidas passadas. Sois o resultado das vossas ações e não o resultado dos vossos corpos. Alguns pensam que o espírito reencarna sempre em corpos com as mesmas características físicas dos corpos que ocupou em vidas passadas. Não é assim. Digo-vos que Chico Xavier, embasado no conhecimento da lei de reencarnação, ensinou, como professor desta disciplina, que o espírito reencarna com as características psíquicas, morais, intelectuais e espirituais que desenvolveu em vidas passadas. Todas as tradições espiritualistas que admitem a reencarnação dos espíritos falam a mesma coisa. Para dar exemplo disso, cito-vos que os materialistas defendem que o espírito de Nhá Chica não reencarnou na Bahia como Irmã Dulce porque Nhá Chica era negra, e Irmã Dulce era branca. Outros que se dizem sábios, mas demonstram que não conhecem a lei de reencarnação, afirmam que o tempo entre a desencarnação de Nhá Chica e a encarnação de Irmã Dulce foi muito pequeno, e que, portanto, Irmã Dulce não teria sido a reencarnação do espírito de Nhá Chica. Mas, no entanto, o conhecimento integral da lei de reencarnação é claro no sentido de que o espírito, durante suas reencarnações, não conserva as mesmas características biológicas. O espírito apenas reencarna em corpos adequados ao seu desempenho. Por isso, todas as características morais e espirituais que Nhá Chica desenvolveu em Minas Gerais, praticando a caridade entre os pobres e desvalidos, foram conservadas e desenvolvidas mais ainda na sua reencarnação como Irmã Dulce, na Bahia. A principal marca dessas duas reencarnações foi a caridade levada aos pobres e doentes. A doutrina espírita não endossa a tese de que o espírito ao reencarnar procura no novo corpo físico as semelhanças biológicas do corpo que ocupou na vida passada. O espírito que viveu num corpo físico branco, pardo, pobre, asiático, francês ou norte-americano, pode reencarnar brasileiro, negro e rico, ou ao contrário. Mas quanto ao lado moral, o espírito que foi bom, nunca perde a sua bondade. O espírito que foi caridoso, nunca perde a sua caridade. O espírito que foi desapegado, nunca perde o seu desapego. Todas as qualidades morais são conquistas pessoais que não são apagadas durante o processo de reencarnações. Antes de reencarnar em São João Del Rei como negra e filha de escrava, Nhá Chica teve uma encarnação na antiga região da Gália, atual França, foi uma mulher branca, integrante da sociedade celta e era uma sacerdotisa druida. Assim sendo, o fato dela ser negra e reencarnar como Irmã Dulce, branca, não tem contraditório na Doutrina Espírita. A Lei de Evolução Espiritual pressupõe que o espírito evolui do erro para o acerto, da imperfeição para a perfeição, do apego para a libertação. Quanto ao tempo entre duas encarnações, sabe-se que a Lei Divina não estabelece padrão para a operação da Lei de Reencarnação. Cada reencarnação do espírito tem metodologia diferente.








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