Por Onde Andei
Espiritismo e Manuel Bandeira
Caros irmãos, há muito desconhecimeno em relação à Lei de Reencarnação. Ela é uma lei de evolução espiritual. Pedi ao meu mentor Angelluz sobre um caso específico de uma mulher que queria saber se na próxima reencarnação nasceria na mesma família. Angelluz me respondeu que nem sempre as pessoas que estiveram juntas numa vida passada, vão nascer juntas dentro de uma mesma família na vida futura. Muitos desejos, provas e missões estão envolvidos na vida futura que o espírito escolhe quando ainda está no plano espiritual. Damos como exemplo disso o caso de Marília do Dirceu (1767-1853), que viveu e morreu em Ouro Preto, e era a noiva do poeta Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810), que foi exilado na África por ter participado da Inconfidência Mineira. Marília do Dirceu reencarnou como Cecília Meireles (1901-1964), a grande poetisa do Brasil. Já Tomás Antônio Gonzaga, reencarnou como Manuel Bandeira (1886-1986), poeta modernista que fez pela primeira vez uma poesia sem vínculo com o estilo português. Cecília e Bandeira foram contemporâneos. O amor apaixonado que os noivos Marília do Dirceu e Tomás Antônio Gonzaga viveram em Ouro Preto, não continuou na vida terrena ao reencarnarem como Cecília Meireles e Manuel Bandeira. A Lei de Reencarnação não se aplica a todos os espíritos de uma mesma maneira. Ou seja, a Lei de Reencarnação se aplica a todos os espíritos que ainda estão no processo reencarnação-evolução, mas não de uma forma padronizada. Manuel Bandeira, que foi a reencarnação do espírito do poeta Tomás Antônio Gonzaga, nasceu em Pernambuco, enquanto que Cecília Meireles, reencarnação do espírito de Marília do Dirceu, nasceu no Rio de Janeiro. Ambos foram professores e amantes da poesia, e em várias ocasiões estiveram juntos trabalhando pela educação e pela difusão do conhecimento. Porém não reativaram os laços de sentimentos românticos que nutriram na vida amorosa que viveram em Ouro Preto. Manuel Bandeira era admirador da poesia de Tomás Antônio Gonzaga, e Cecília Meireles foi interprete de todos os fantasmas da Inconfidência de Ouro Preto. No caso deles, a missão era maior do que a paixão. Os espíritos só reencarnam juntos durante várias encarnações quando são profundamente egoístas e se maltratam, gerando dívidas pessoais que precisam ser resgatadas em vidas futuras. Os espíritos evoluídos se desapegam e priorizam apenas as missões espirituais. Eles, estando desencarnados ou encarnados, enviam mensagens de amor e paz ao mundo, pessoalmente ou através dos médiuns sérios e comprometidos com a verdade.
