terça-feira, 21 de setembro de 2021

Por Onde Andei


Bezerra de Menezes e o Espiritismo

Meus irmãos, precisamos fazer uma reflexão quanto ao desempenho do doutor Bezerra de Menezes relativamente ao crescimento do espiritismo no Brasil. Ele foi a voz que corajosamente defendeu o espiritismo, em fins de 1800, contra o materialismo onde a humanidade está mergulhada. Quando os espíritos trazem mensagens do Mundo Espiritual, elas precisam estar pedagogicamente embasadas no Espiritismo clássico: na Lei de Reencarnação, na Lei de Evolução e na Lei de Causas e Efeitos Espirituais. O referencial teórico do Espiritismo é o desenvolvimento da consciência relativamente a essas leis e como elas envolvem a vida dos espíritos encarnados e desencarnados. Toda ação causa uma reação semelhante ou proporcional. Violência gera violência. Conforme ensina a doutrina espírita, o espírito reencarna em diferentes corpos, em épocas diferentes, em diferentes cidades e em famílias diferentes. Dessa forma, ele tem a oportunidade de evoluir e quitar seus débitos de vidas passadas e se adiantar no crescimento moral. O doutor Bezerra de Menezes foi, na segunda metade do século XIX, um grande porta-voz, no Brasil, dessa doutrina milenar, assim como Allan Kardec a divulgou na França, por volta de 1857. Por isso, Bezerra é patrono espiritual de tantos centros espíritas espalhados pelo Brasil. Ele não foi só o médico dos pobres ou só o apóstolo da caridade. Ele foi um braço que levantou a bandeira do Espiritismo numa época em que o Brasil era essencialmente católico e dominado pelo preconceito contra a comunicação das pessoas encarnadas com os espíritos desencarnados. Havia também discordância entre os espíritas quanto ao discurso estabelecido pelos textos da codificação do espiritismo. Dessa forma, em fins de 1800, Bezerra de Menezes foi convidado a presidir a Federação Espírita do Brasil, com a missão de se tornar a voz de unidade dos espíritas em torno da doutrina clássica exposta por Allan Kardec, pacificando, assim, os ânimos agitados em torno das divergências doutrinárias que comprometiam a divulgação do espiritismo como uma doutrina de consenso. Devemos render nossas homenagens sinceras aos espíritos que fizeram a boa obra na Terra, principalmente quando essas obras são oportunidades de crescimento e de luz no caminho para as novas gerações.









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