Texto do psicanalista e pedagogo Marco Aurélio Dias

As Fontes do Espiritismo

O Espiritismo não é uma doutrina cartesiana, materialista, onde toda informação tem que ser colocada em dúvida até que se tenha certeza de que se trata de uma verdade científica. Devemos sempre olhar o espiritismo pelo ângulo da espiritualidade. O espiritismo é uma doutrina espiritualista. Não existe uma fórmula matemática que prove a existência do espírito. A ciência já evoluiu muito. Mas ainda não inventou um aparelho capaz de provar que Allan Kardec foi a reencarnação de um sacerdote druida e que Chico Xavier psicografava livros ditados pelo espírito de Emmanuel. O método de aferição da verdade, no espiritismo, não é a dúvida e nem a autoridade das tradições, é a mediunidade, a oração, o estudo, a filosofia. O espírita tem que praticar o espiritismo, para experimentar as verdades apresentadas pelos médiuns. E o que é o Espiritismo, senão a mediunidade? Como o espírita pode desenvolver a mediunidade? Estudando as leis básicas da doutrina e conectando o espírito com o Plano Espiritual. Pratica-se essa conexão através da oração, da intuição, da caridade, da meditação e da sensibilidade. A informação de que Allan Kardec foi um sacerdote druida numa vida passada, não substitui a prática da mediunidade sobre essa informação. Ou a mediunidade do espírita corrobora essa informação ou não a corrobora. Ou o espírita vê o espírito, como Chico Xavier via Emmanuel, ou através da mediunidade sente que o espírito de Emmanuel existe. Se a vossa mediunidade não sente que é verdade que Allan Kardec foi a reencarnação do sacerdote druida, não vai ser o conhecimento da fonte que vai lhe dar essa certeza. Só a mediunidade pode ser a fonte das certezas espirituais. Ter a informação de que André Luiz escreveu livros através da psicografia de Chico Xavier, não é o mesmo que ter a certeza disso. No espiritismo, as pessoas possuem mais informação do que certeza via mediunidade intuitiva. É preciso evoluir da informação para a mediunidade. Querer que apenas os livros embasem a formação espírita, a isto se dá o nome de crença. Espiritismo não é crença. As verdades evangélicas precisam sair de dentro do coração do espírita com o carimbo da certeza, via mediunidade intuitiva. O espiritismo é muito mais do que crer que Cecília Meireles foi a reencarnação do espírito de Marília do Dirceu, é preciso sentir que isso é verdade, e só a mediunidade pode colocar o espírita em conexão consciente com os planos superiores, e só lá é que a mediunidade intuitiva vai encontrar a confirmação. Quando, no mais íntimo da pessoa, ela simpatiza com a informação de que Allan Kardec foi a reencarnação de um sacerdote druida, provavelmente essa conexão com os planos superiores já foi efetivada. Se, porém, o espírita deseja provar pelo método cartesiano ou científico que Chico Xavier incorporava o espírito de Emmanuel, nunca terá êxito. Então, para não se perder tempo no processo evolutivo e na presente encarnação, o espírita deve focar sua atenção no método da mediunidade. 









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