Em seu livro LEI DE REENCARNAÇÃO, Marco Aurélio Dias aborda o seguinte texto: "Considerando o espírito que numa encarnação foi Nhá Chica, na outra foi Irmã Dulce, com qual das duas personalidades ele se apresentaria a um médium, se sentisse necessidade de criar um canal espiritual com uma pessoa para enviar mensagens de amor e caridade? Os autores espíritas abordam a doutrina da reencarnação por ângulos diferentes, mas sempre de forma esclarecedora, pois essas questões da personalidade do espírito precisam ficar bem claras nos estudos da lei de reencarnação. No caso de Irmã Dulce, trata-se de um espírito com muitas memórias de vidas passadas. Quando um espírito sincroniza sua mediunidade com um médium, ele pode escolher se apresentar com a personalidade de uma das encarnações passadas que teve ou pode até criar uma personalidade diferente de qualquer outra que ele representou em corpo físico. Afinal, todas as personalidades são inventadas, no plano terreno ou no plano espiritual. Não se trata de uma enganação. Os seres evoluídos sabem que a personalidade não é a verdadeira identidade do espírito. É preciso ter muito cuidado para não confundir personalidade com identidade espiritual. No caso desse espírito iluminado que teve encarnações memoráveis em Minas Gerais e na Bahia, ele poderia se apresentar a um médium como Nhá Chica, como Irmã Dulce, com a personalidade de uma encarnação anterior a essas duas ou até mesmo poderia criar uma personalidade diferente que não invocasse nenhuma dessas personalidades conhecidas. O mesmo pode acontecer com o espírito que as pessoas identificam com a personalidade de Chico Xavier. Caso ele, a partir do plano espiritual, manifeste vontade de sincronizar sua mediunidade com algum médium encarnado, ele tanto pode usar a sua antiga personalidade de Ruth-Céline Japhet (principal médium que Allan Kardec usou para obter as informações do Livro dos Espíritos), como pode se apresentar como Chico Xavier, ou pode até mesmo inventar uma nova personalidade. Nhá Chica e Irmã Dulce são duas personalidades do mesmo espírito. Do mesmo modo, Chico Xavier foi apenas mais uma personalidade dentre as muitas encarnações anteriores que viveu. Quando um espírito deseja se manifestar para uma pessoa muito católica, ele pode se apresentar com a forma de Maria, mãe de Jesus, até mesmo para não assustá-la. Há relatos de que alguém viu o espírito de Santa Bárbara, Santa Luzia e outros. O devoto, quando tem uma visão, a identifica com o espírito da sua devoção. Em certa etapa da vida de Nhá Chica, o espírito de Joana de Angelis entrou em contato com ela para a orientar na obra espiritual que fazia em Baependi, Minas Gerais, e, quando se apresentou, Nhá Chica o identificou como Maria, conforme as pinturas e a arte católica representam a mãe de Jesus. Por isso, são muitas as Marias. Por causa disso, Nhá Chica não se assustou. Ela amava as pinturas e as imagens de madeira que representavam Nossa Senhora. Ela via o espírito de Joana de Angelis, conversava com ele, se orientava por ele e nunca precisou se afastar do seu alinhamento religioso com a igreja católica e com as tradições religiosas que herdara de sua mãe. É um artifício que o espírito pode utilizar para fazer o alinhamento espiritual com a pessoa encarnada".
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