terça-feira, 10 de novembro de 2015

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Chico Taquara, de São Thomé das Letras

Chico Taquara
Muitas pessoas pensam que Chico Taquara, de São Thomé das Letras, foi apenas um místico lendário que imitava o profeta João Baptista, pelo fato de ser vegetariano e se alimentar apenas usando mel, leite e plantas silvestres. Pelo contrário, Chico Taquara foi real, morava numa gruta, era filósofo, parteiro, rezador e terapeuta holístico. Prestou um bom serviço social na povoação e receitava remédios da natureza para as pessoas doentes. Ele era "não dualista", termo que em filosofia Vedanta significa não aceitar a divisão de Deus em pedaços. Cavalo, boi, pessoas, joaninhas, estrelas, vento, oceano - tudo ele via como Deus e sua manifestação. Para Chico Taquara, não existia diferença entre Deus e sua manifestação, embora reconhecesse o universo como um sonho que vai se desfazer. Ele untava os longos cabelos com mel, talvez como algum processo terapêutico, e as abelhas pousavam em sua cabeça. Henrique José de Souza, da eubiose, chegou a mencioná-lo como um mestre. E esse mestre veio a se configurar como patrono espiritual de São Thomé das Letras. Em 1916, Chico Taquara desapareceu da cidade, sem deixar vestígios.








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