domingo, 15 de maio de 2022

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A LEI DO CARMA

A vida da Irmã Dulce de Uberaba suscita muitas variáveis que são temas centrais do Espiritismo e da Lei do Carma ou Causas e Efeitos, e esses temas foram desenvolvidos amplamente no Livro das Reencarnações. Por que algumas vítimas da fogueira da Inquisição portuguesa reencarnaram e continuaram dependendo da caridade de Dona Aparecida em Uberaba? Por que as vítimas da fogueira da Igreja Católica não ascenderam ao Paraíso? Há várias explicações. Segundo a filosofia espírita, muitos espíritos que sofrem grandes dores numa encarnação, ficam presos a essas dores, ficam agarrados, magoados com os algozes, irados com a injustiça e desejosos de fazer justiça com as próprias mãos numa vida futura. Uma vez presos no Umbral, continuam produzindo carma, e isso prende esses espíritos naquela ação cármica que foi cometida. Nem sempre a dor liberta de imediato. Há criminosos que passam a vida cometendo crimes e voltando para a cadeia, e insistem nesse caminho errado, morrem nessa ação repetitiva, e estão produzindo mais débitos para serem quitados em futuras reencarnações. Outra coisa, é que as dívidas cármicas são pagas apenas na encarnação terrena, é preciso reencarnar, e os que sofrem, também estão pagando dívidas de vidas passadas. As vítimas da fogueira da Inquisição portuguesa não passaram por aquela experiência sem que estivessem também pagando dívidas de outras vidas, e sabe-se lá de quantas encarnações passadas. Por isso, aqueles espíritos nasceram atrelados ao carma de Dona Aparecida, ainda sofrendo e pagando seus débitos de maldades e injustiças. Não há inocentes ou quem esteja livre da lei de causas e efeitos. Todos vivemos, nascemos e renascemos sob os efeitos da lei de causas e efeitos, pagamos débitos cármicos e evoluímos. Quem sofreu bastante numa vida, mesmo assim reencarna para continuar pagando dívidas de vidas passadas. Dona Aparecida, conforme também referiu Chico Xavier, cumpriu sua missão e quitou suas dívidas cármicas referentes as suas ações ligadas a Inquisição em Portugal, por volta de 1506. Isso não quer dizer que ela não tenha ainda débitos de outras vidas para quitar em futuras encarnações ou mesmo que tenha quitado todas as dívidas como mandante de pessoas para a fogueira. Veja-se que os filhos e o marido, também ligados ao carma dela, tentaram se esquivar da ação de limpar o nome sujo nesta vida (refiro-me a dívidas kármicas não pagas ainda), queriam fugir do compromisso que ela assumiu com os doentes do hospital, mas botaram a mão na consciência e voltaram para ajudá-la, o que foi muito positivo na evolução espiritual deles. Tomaram a atitude correta. Mas até poderiam ter ficado revoltados e amaldiçoado Dona Aparecida, e isso geraria muito carma para eles. Todos nós temos de alguma forma o nome sujo com a Lei de Causas e Efeitos Espirituais, e é aqui neste mundo que pagamos nossas dívidas e limpamos nosso nome, adquirindo crédito com a Lei Divina.








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