quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

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Fernando Azevedo, Professor e Educador


Fernando de Azevedo, escritor
FERNANDO DE AZEVEDO
Fernando de Azevedo, professor, educador, crítico, ensaísta e sociólogo, nasceu em São Gonçalo do Sapucaí, MG, em 2 de abril de 1894, e faleceu em São Paulo, SP, em 18 de setembro de 1974.
"Quando redigiu o Manifesto dos pioneiros da Educação Nova, Fernando de Azevedo, formado em Direito pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco (hoje integrante da USP), já havia sido professor de latim e psicologia no Ginásio do Estado em Belo Horizonte e na Escola Normal de São Paulo (futura Escola Normal Caetano de Campos, a "Escola Normal da Praça", referência à praça da República, onde estava situada, local que hoje abriga a Secretaria da Educação do Estado) e dirigido o Departamento de Instrução Pública do então Distrito Federal (RJ), onde orientou a reforma do ensino de 1926 a 1930. "Antes de ir de São Paulo para o Rio, Fernando de Azevedo engordava o salário de professor como redator e crítico literário do jornal O Estado de S.Paulo, no qual colaborou durante toda a vida. Em 1926, organizou e dirigiu dois inquéritos para O Estado – um sobre arquitetura colonial, outro abordando a educação pública no Estado. Já neste inquérito, iniciou campanha por uma nova política de educação, que iria desaguar no Manifesto, e pela criação de universidades no Brasil. As reformas no ensino paulista iriam ser concretizadas em 1933, com a elaboração e implantação do Código de educação, levadas a efeito quando assumiu a Direção Geral da Instrução Pública no Estado. "O convite a Fernando de Azevedo para redigir o Manifesto deveu-se à notoriedade que adquirira não só pela intensa atividade desenvolvida nos meios educacionais, mas também pelo papel relevante que vinha exercendo como um dos dirigentes da Companhia Editora Nacional, à época uma das principais casas editoriais do país. Na Nacional, como era conhecida, Fernando de Azevedo criou e dirigiu a Biblioteca Pedagógica Brasileira (BPB), selo editorial do qual faziam parte a série Iniciação científica, que publicava textos inéditos na área científica, e a Brasiliana, a primeira coleção de estudos brasileiros do país, de alto nível. "Anísio Teixeira, também signatário do Manifesto e já educador respeitado, afirmou que a Brasiliana era destinada a "descobrir o Brasil aos brasileiros". Fernando de Azevedo permaneceu no comando da Brasiliana por mais de 15 anos, revelando ao grande público cronistas do século XVI e XVII; "naturalistas e viajantes estrangeiros cujas obras constituíam privilégio de iniciados"; historiadores do século XIX, como Adolfo de Varnhagen, e pensadores como Tavares Bastos; mestres da cultura do século XX, como Capistrano de Abreu, João Ribeiro, Pandiá Calógeras, Manuel Bonfim, Celso Garcia e Afonso Taunay; escritores como Sílvio Romero e Euclides da Cunha; desbravadores do território nacional como o Marechal Rondon e muitos outros. Os textos, em grande parte inéditos, eram acompanhados de ensaios introdutórios assinados por especialistas de renome, prática editorial ainda desconhecida no Brasil." 








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